el hombre ahora dijo que hay algun sentido en su vida. le pone más contento y hay razón a sonreir. dejar su proprio espacio mirando todo lo que ha vivido, yendo con la más segura idea en la cabeza. alli saldrá a su destino y cuando alla llegar el sentido, ahora completo, le va a traer todo lo que ha deseado. felicidad.
'filho, você me desculpa?'
'de quê, mãe?'
'nada, só queria te dizer isso...'
É meu
Esse reflexo que demora
Que age por instinto
Cria retratos impossíveis em lugares inusitados
Brincando de ser verdade
Brincando de ser passagem.
Nele te vejo, não hesitas
Em te aproximar de mim
Não repensas se me toca ou não.
Há pouco nos conhecemos
Ou, quem sabe, seja errado pensar assim.
Vimo-nos então.
Quem sabe, só eu vi
Quem sabe só no reflexo pensei.
É teu
Onde pensei que te conheci.
Talvez não canse de olhar teus olhos
De tentar encontrá-los nos meus
Sem que saibas que te percorrem.
Que não seja por falta de vontade
Quebrar o vidro que nos reflete
Pra me aproximar de ti.
Mas que seja por preferir tanto
Ver-te refletido
Desconhecer-te assim.
Para podermos brincar no meu reflexo
De fazer verdade, de não fazer fim.
Não é nosso — nem nunca será.
Thomaz Campacci
quanto tempo me resta para que me enxergues?
alguns beijos para ti.
estaba lo imaginando cuando era chico. pelo largo, distinto de lo mio.
has crecido. hoy estas más viejo. mientras lo hacia nada no me di cuenta lo cuanto has cambiado. lo veo que es casi mi reflejo, como una miente solamente. espero que estés acá, cerca. mismo cambiando, como un hombre.
y cuando llamote te vas a contestarme, ayudarme. estoy seguro de eso.
penso em ti todos os dias de minha vida. e engraçado é pensar que somos providos de algo que nos faz pensar que não pensamos na pessoa em que amamos, quando a mesma há de ser esquecida. triste.
canto ao meu mestre;
O teu riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda.
e quando soa o cantar
a nota em mim há de restar.
tornando-se um abstrato...
mas um que posso este enlevar.
o que te ofereço
o tempo não pode narrar mais.
intensidade.
se me deixas o silêncio
deixaste também a tua voz
e te absténs de tua cobiça
até ao envelhecer da nota.
então quererás por derradeiro,
em mim que volte o teu cantar.
e o que te ofereço agora,
é apenas um de meus ouvidos.
os caminhos escuros logo recebem claridade suficiente
para que se possa andar sobre eles sem grandes vacilos
tantas portas se abrem e se fecham enquanto caminho
há tantos corpos sem semblantes e tantos semblantes sem expressões
existem tantos significados que não significam
ou que tanto significaram que já agora são tão crus
as luzes se acendem e se apagam porque há ainda pouco
esqueceram se são melhores acesas ou apagadas
está tudo tão nítido e ser nítido agora é ofuscar-se
alguns vultos correm depressa fugindo ao meu tato
os gritos ensurdecedores vão e voltam
driblam meus ouvidos na tentativa de se manterem longe
porque não sabem que tão perto estão porque são parte
meu paladar se esquece de tudo que já sentiu
gostos agora são gestos mal feitos por corpos sem movimentos
mesmo que todos esses corpos sejam outros de mim
tudo gira num inconsciente inconsciente da sua inconsciência
o desconhecido clama por alguém e a resposta quem dá sou eu
há vários quartos com portas fechadas que eu tento abrir
e muitas passagens livres que o destino é nenhum outro senão
quartos de portas fechadas que eu já tentara em abrir em vão
os rostos que me olham quando sorriem me machucam
e quando choram fazem-me rir loucamente como não deveria
eu busco por entre as fendas imagens que me respondam
eu busco dentro de mim meu eu e acabo me desencontrando cada vez que me encontro
estou à beira da loucura.
Thomaz Campacci
with scarves of red tied 'round their throats
to keep their little heads
from fallin' in the snow
And I turned 'round and there you go
And, Michael, you would fall
and turn the white snow red as strawberries
in the summertime...'
Ainda podia senti-lo, não tinha como saber se ainda vivia ou se estava em meu leito eternal. Distante o som do vento e luzes apagadas em cada olhar. Não poderia pensar em paz de espírito se ofegava a minha própria vida ao ninguém, talvez houvesse um alguém, no indecifrável longe. Desespero. Abismo, o meu, dentro da alma. Despencara da maior ilusão que a angústia nunca havia provado anteriormente - solidão. Percebi que ainda vivia, mas as suas particulas se moviam intensamente em minhas veias, queimando como fogo, adoecendo minha fantasia. Os objetos não tinham mais formas completas, tudo estara metade, como a vida feita de ódio. A paródia particular começara. Um último teor se formara, mais forte, como a minha transpiração de gelo estava se desfazendo por ser a dose mais possante. Já pudera perceber todos os olhares em volta e o negro nas vestes, nos rostos de meus senhores e ex-amores. As palavras celestiais pregadas pelo sacerdote, a última corda vocal antes do silêncio absoluto. Eu estava em meu buraco, na última página em que não há continuação da história, interrompida por uma seringa. As taças de champanhes vazias e a certeza de que nunca mais veria as minhas meias bagunçadas ou sentir algum resquício de emoção. Em coma eterno repousei e deixei os meus dias seguirem um rumo diferente do meu, só me resta o gosto de seu veneno que ficará em mim até que a carne apodreça ficando apenas o oco frágil. Uma tarde que encerrara e em mim ficara o remorso inalterável de meu erro fatal.
Dureza dos ossos transparecendo na prosa o que sentimos quando negamos os nossos amores, como enfermidade de um vício. Obstinados somos, estultos de não aceitarmos o perdão das flores ou quando deixamos a própria reciprocidade carente. Nos tornamos o vazio.
O desleixo de sempre achar que tudo possuí, afinal a destreza é sempre maior que a fidelidade, todos somos imunes ao amor - ilusão. Uma vez uma meretriz popular nos anos 70, em seu leito, me dissera com toda a tristeza e fervor nas palavras que sentira falta do amar em toda a sua vida, naquela hora se despedira de seu próprio sangue e o deixara para trás apenas as noites secas de todos os seus homens. Seu único desejo da carne acabara com o tempo e o que restara foi a carcaça podre. Podre mais ainda por dentro.
A sabedoria do homem - hipocrisia - julga o poder dos amantes em fraqueza da espécie, quando o alguém tem a própria rosa dos ventos que os levam para o melhor caminho a seguir. Seguir adiante com o escudo para combater o amor, assim estamos guardados para desfrutar de outros sentimentos, mas nunca o amor.
Os ossos e coração, de qualquer animal, não suporta a armadura por toda a vida e sempre chega o fim em que desabamos, sozinhos, e queremos a flor, linda e apaixonada, agora completamente invadida por veneno em todos os seus espinhos.
Posso dizer que os anos me trouxeram o tudo e o nada misturado, tudo na amizade, nada na brincadeira do silêncio. Os dois juntos dá a nostalgia que tenho ao lembrar da inocência dos sete, mundo novo aos quinze. Saudade do longe, do cheiro do café, do dia, luz.
Hoje posso dizer que os anos não são de ninguém, ao longo da vida o deciframos e quando chegamos aqui, outra vez, nos perguntamos, como será o amanhã?
Ahora ya lo vivo. Nuestros deseos serán la realidad.